Quando Pamela Moreira dos Santos – professora da turminha do GI da Escola Catavento – precisa definir sua principal qualidade como educadora, ela resume “Sempre tive jeito de mãe, mesmo antes de ser mãe”. Hoje, ela que sempre foi “mãezona” de todas as crianças, enfrenta cotidianamente o desafio de ser professora da turma de sua filha, Valentina.

Desde criança, Pamela tinha “alunos imaginários”. “Eu falava que queria ser professora e dava aula para as turmas que criava na fantasia”, explica. Depois de trabalhar como recepcionista e promotora de telemarketing, ela começou a construir sua caminhada em direção a seu sonho. “Na faculdade de pedagogia, uma amiga me contou que uma escola precisava de auxiliar para Jardim I e II. Fui lá, fiz a entrevista e comecei”.

Nesta escola, ela foi conquistando espaço e quando era professora do BII, se casou. Antes moradora da Zona Sul da capital paulista, ela foi morar na Zona Oeste, o que a fez buscar trabalho na região mais próxima de casa.

Uma pessoa no céu

Pamela trabalhou um período em uma escola na Vila Madalena como auxiliar e, logo depois que resolveu sair de lá, encontrou a vaga na Catavento. “Fiz a entrevista e, de cara, adorei a escola, o ambiente, as pessoas; mas demorou para elas me darem notícia e eu pensei ‘não passei”. Depois de quase dois meses, ela foi chamada para uma dinâmica. Era final de 2014. No início de 2015, ela começou no BII. “Aqui, estamos no céu. Tenho liberdade para falar, para pedir ajuda quando estou precisando de algo. Aqui, sou uma pessoa”.

A professora conta que o traço mais marcante da escola é o amor. “Tenho prazer de vir trabalhar. Amo estar aqui. As pessoas daqui me fazem bem”, diz.

Para ela, o amor e o afeto fazem da educação infantil uma via de mão dupla. “Ensinamos e aprendemos. Na Faculdade, eu sabia tudo na teoria. Na prática, com as crianças, vamos percebendo que cada um tem seu tempo, suas possibilidades, suas necessidades. Nós explicamos e observamos. Aprendemos muito com as experiências que eles trazem. E trocamos também muito afeto”, afirma.

Infância alicerce

“É aqui onde tudo começa”, reforça Pamela. A diretora Adelia Morelli afirma que a educação infantil é um alicerce e que as crianças hoje apresentam características muito diferentes das crianças de gerações anteriores. “Nosso papel é, cada vez mais, facilitar a experiência destas crianças, estar junto, apoia-las na leitura das descobertas, porque o mundo se apresenta para elas de formas muito diferentes hoje. Elas têm muito mais acesso à informação”, diz.

O convívio saudável e o carinho se estendem às famílias. “Os pais e mães das crianças daqui são muito presentes. Temos uma relação muito próxima, porque aqui na Catavento, o acesso das famílias às educadoras é permanente. Estamos sempre perto para tirar alguma dúvida e atender quem chega”, explica Pamela. “Nós conseguimos compreender a vida dos pais e mães de hoje; e atender às necessidades destas famílias. Um vínculo nasce desta postura”, afirma Adelia.

Sentindo-se no céu e cercada de amor, na Catavento, a menina que sempre sonhou em ser professora sente que está onde deveria estar. “Gosto de tudo aqui. Gosto da liberdade que temos de falar, do apoio que recebemos, do trabalho com as crianças e do amor que vem delas”, conclui.

>> Pamela Moreira dos Santos é pedagoga formada pela Uni Italo. Na Catavento, realiza seu sonho de ser professora com sua maior qualidade: muito afeto e muito amor pelas crianças. Seu maior desafio hoje é conviver com sua filha, Valentina, que está na turminha do GI, da qual ela é professora.